Trecho da reportagem extraída da Revista Super Interessante de Abril-2002, edição 175.
Na verdade, se todos fossem vegetarianos, é provável que não houvesse tanta fome no mundo.
É que os rebanhos consomem boa parte dos recursos da Terra. Uma vaca, num único gole, bebe até 2 litros de água. Num dia, consome até 100 litros. Para produzir 1 quilo de carne, gastam-se 43 000 litros de água. Um quilo de tomates custa ao planeta menos de 200 litros de água. Sem falar que damos grande parte dos vegetais que produzimos aos animais. Um terço dos grãos do mundo viram comida de vaca. No Brasil, o gado quase não come grãos – graças ao clima é criado solto e se alimenta de grama. Mas boa parte da nossa produção de soja, uma das maiores do mundo, é exportada para ser dada ao gado. Outra questão é que a pecuária bovina estimula a monocultura de grãos.
Num mundo vegetariano haveria lavouras mais diversificadas e teríamos muito mais recursos para combater a fome. E não se trata só de comida. A pecuária esgota o planeta de outras formas. “Para começar, ocupa um quarto da área terrestre e não pára de se expandir”, diz o ativista vegetariano Jeremy Rifkin. A pressão para a derrubada das florestas, inclusive a amazônica, vem em grande parte da necessidade de pasto. Entre os danos ambientais causados pelo gado, está também o aquecimento global. Os gases da flatulência de bois e ovelhas – não, isso não é uma piada – estão entre os principais causadores do efeito estufa.
Comentários
O Brasil e os EUA são os maiores criadores de gado do mundo e também os maiores consumidores, portanto não se justifica a matança pela quantidade de animais existentes.
Mais informações: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2004/04/276944.shtml